Verão

Chuva rápida, mas marcante

Pluviômetros espalhados pela cidade chegaram a registrar 84 milímetros nesta quinta-feira

Jô Folha -

Ao utilizar muletas para se locomover, Roni Drozdowski, 33, estacionou seu carro na Marcilio Dias e foi consultar na Santa Casa, centro de Pelotas.

Ao voltar para buscá-lo, o imprevisto: estava com as quatro rodas submersas na água da chuva contida no local. Quando outros veículos passavam na área, ondas se formavam fazendo o automóvel boiar. O alagamento fez com que ele aguardasse, de pé, pelo escoamento, que pelo menos ocorria de forma rápida. O fato exemplifica situações que ocorreram na tarde desta quinta-feira (23) em várias ruas da cidade. 

Às 17h30 os pluviômetros espalhados pela cidade já registravam 84 milímetros de chuva - 68 milímetros somente na primeira meia hora, e o canal São Gonçalo chegou a subir 82 centímetros. Por conta disso, casas de bomba da zona Leste e do Anglo tiveram que ser acionadas, assim como as bombas do Laranjal, Castilho, Porto e Simões Lopes.

De acordo com o diretor-presidente do Serviço Autônomo de Abastecimento de Água de Pelotas (Sanep), Alexandre Garcia, esses sistemas de drenagem tiveram funcionamento positivo, já que grande parte da água foi escoada em cerca de uma hora. Para o escoamento via macrodrenagem funcionar de forma plena, tiveram que ser retirados sofá, geladeira e colchão que atrapalhavam a passagem da água.

Em avenidas como a Saldanha Marinho o alagamento gerou transtornos. Um casal de idosos resolveu encarar o aguaceiro e tentou passar de carro pelo local. A atitude acabou por ilhá-los no meio da via, onde aguardaram resgate por mais de uma hora. Na mesma quadra, entre Tiradentes e Telles, Homero Sobrinho, 56, também se deparou com seu automóvel tomado pela água. Ele lembra que a situação não é inédita. Em outra dessas chuvas já havia perdido partes do seu antigo carro, no mesmo local. "Isso é triste, eu estava com tudo organizado para viajar com o carro amanhã", lamenta.

Em frente ao Instituto Federal Sul Rio Grandense (IFSul-RS), um automóvel parado na via estava sem para-choque, perdido na enxurrada. Na avenida Bento Gonçalves era impossível adivinhar os limites da rua. A mesma cena foi vista em vários pontos da cidade: a água tomou conta das calçadas e impediu o deslocamento de pedestres.

De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil, João Nascimento, apesar dos vários locais alagados, não houve registro de nenhum problema maior, já que o escoamento ocorreu rapidamente. Os maiores focos de alagamentos foram registrados na Zona Norte, como no Jardim Allah e na Santa Terezinha. "Não houve registro de locomoção de nenhuma família, mas essas regiões tiveram um pouco mais de dificuldade para o escoamento da água", admitiu.

 

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